Balanchine


Balanchine, Giorgi Melitonovich Balanchivadze (São Petersburgo, 22 de Janeiro de 1904 – Nova Iorque, 30 de Abril de 1983) foi um coreógrafo.


Nasceu em São Petersburgo, na Rússia, em 1904, com o nome de Georgi Militonovitch Balanchivadze. Influenciado pelo pai, que era compositor, o jovem bailarino estudou composição e piano no Conservatório de Leningrado, o que fez com que se tornasse, segundo críticos da época, o coreógrafo de maior conhecimento musical de seu tempo.
Começou na Escola Imperial em 1914, onde veio a se formar sete anos depois. Estreou como coreógrafo em 1923, com um pequeno grupo de bailarinos, entre os quais Alexandra Danilova e no ano seguinte, sua companhia denominada "Os Bailarinos do Estado Russo" incursionou pelo estrangeiro para fugir para o mundo ocidental.
Desertou da União Soviética em 1924, quando foi então convidado por Diaghilev para ingressar em sua Companhia, os Ballets Russes. Nesta Companhia, criou importantes coreografias como La Pastorale, Jack in the Box e Triumph of Neptune.



Nos Estados Unidos, aceitando convite de Lincoln Kirstein (1907-1996), que sonhava em criar uma escola e companhia de balé na América, Balanchine desenvolve uma dança totalmente nova, a partir dos estilos dos balés clássicos francês, italiano e russo. Teve uma longa colaboração com Igor Stravinsky (Apollo foi uma das coreografias que fizeram juntos), e em 1934 fundou em Nova Iorque a School of American Ballet. E em 1948, cria a Companhia de balé Americano, o New York City Ballet, passando então, a trabalhar como mestre de balé e principal coreógrafo da Companhia, até a sua morte, em 1983.


Balanchine é reconhecido como o coreógrafo que revolucionou o pensamento e a visão sobre a dança no mundo, sendo responsável pela fusão dos conceitos modernos com as idéias tradicionais do balé clássico, o verdadeiro criador do bailado contemporâneo e um dos maiores influenciadores dos mestres da dança de nossos dias.
Balanchine escreveu de si mesmo, "Nós devemos primeiramente compreender que a dança é uma arte independente, não um mero acompanhamento. Eu acredito que ela seja uma das grandes artes…A coisa importante no balé é o movimento por si mesmo. Um balé pode conter uma história, mas o espetáculo visual…é o elemento essencial. O coreógrafo e o bailarino devem lembrar-se que eles devem alcançar a platéia através dos olhos. Esta é a ilusão no qual convence a platéia, tal como é no trabalho de um mágico." Balanchine se comparava a um artesão, como se fosse um cozinheiro ou marceneiro.


Durante sua trajetória recebeu muitas homenagens oficiais e reconhecimento pelo seu trabalho.


Finalizando apresentamos duas definições do próprio Balanchine sobre a dança: "Dança é a necessidade que temos de exprimir o que sentimos ao escutar música." "Nos ballets de dança pura, não há libreto ou força interior, mas simplesmente a música. Sobre ela o coreógrafo trabalha exatamente como o poeta sobre a métrica."